Programa da Instituição atende cerca de 70 pessoas, entre 60 e 86 anos; atividades são realizadas semanalmente, sempre às quintas-feiras
O envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem.
Pensando nisso, desde o ano 2000, a Unifev possui o programa educacional Universidade Aberta à Terceira Idade (Uniati), que tem como objetivo proporcionar a inclusão social de pessoas idosas. O conteúdo é voltado à elevação dos níveis de saúde física, mental e social dos participantes, por meio de processos formativos em diversas áreas.
Uma das criadoras do projeto, a Profa. Ma. Marinês Ralho, explica que além de ser uma excelente oportunidade para troca de experiências, o programa promove a interação entre o universo acadêmico e a comunidade. “Por meio da Uniati, os idosos aprofundam seus conhecimentos em alguma área de interesse particular e, ainda, têm acesso a atividades que fazem bem não só ao corpo, mas também à mente”, disse.
“Eles se sentem como alunos da Unifev, e esse pertencimento desperta seu potencial para o bem-estar físico, social e mental, fazendo com que essas pessoas participem da sociedade de acordo com suas necessidades, desejos e capacidades”, refletiu Marinês.
Para o docente da Instituição e da Uniati, Prof. Me. Ricardo Lúcio Martins, à medida que a população global envelhece, é fundamental reconhecer e promover a importância de manter os idosos ativos tanto mental quanto fisicamente. “O envelhecimento pode trazer desafios cognitivos, como a diminuição da memória e da agilidade mental. Por isso, é importante que os idosos se engajem em atividades intelectualmente estimulantes, como jogos de quebra-cabeça, leitura, aprendizado de novas habilidades e socialização, o que ajuda a manter a mente afiada e a reduzir o risco de declínio cognitivo”, ressaltou.
“Estudos demonstraram que idosos envolvidos em atividades intelectuais têm menor probabilidade de desenvolver doenças como o Alzheimer e a demência. Além disso, a falta de atividades físicas ligadas ao sedentarismo pode levar a uma série de problemas de saúde em idosos, incluindo doenças cardíacas, diabetes, osteoporose e problemas de mobilidade. A prática regular de exercícios, mesmo em níveis moderados, pode ajudar a prevenir essas condições e a manter a independência”, completou.
Martins ainda diz que a atividade física melhora o equilíbrio, a coordenação e a força muscular, reduzindo assim o risco de quedas, uma das principais causas de lesões em idosos.
Zoraide Marques, de 71 anos, é aluna da Uniati desde 2016 e afirma que o programa trouxe a ela muito mais do que conhecimento. “Aqui eu fiz amizades duradouras, e que levo para sempre comigo em meu coração. Saímos da sala de aula renovados e cheios de expectativas para a próxima”, destacou.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Responsabilidade Social da Unifev e da Uniati, Profa. Ma. Vanessa Zeitune, o Uniati também promove a socialização, o que é fundamental para o bem-estar emocional. “Participar de grupos sociais, clubes ou atividades em grupo proporciona uma sensação de pertencimento e combate ao isolamento, que pode ser um problema significativo para os idosos”, comentou.
“O contato social regular contribui para a redução do estresse e da depressão, além de aumentar a sensação de felicidade e satisfação na vida. Muitos deles se conhecem aqui e levam essa amizade para além da Instituição, o que é muito bacana”, enfatizou.
O diretor-presidente da Fundação Educacional de Votuporanga (FEV), Douglas Gianoti, aponta que é papel da Unifev estar presente na comunidade promovendo ações de bem-estar e proporcionando conhecimento. “Um envelhecimento ativo permite que os idosos continuem a buscar paixões, interesses e metas pessoais, independentemente da idade. Isso contribui para uma sensação de propósito e realização, o que é essencial para uma vida feliz e gratificante na terceira idade”, evidenciou.
“Em resumo, promover atividades que mantenham os idosos ativos é crucial para garantir que desfrutem de uma vida longa e de alta qualidade. Cuidar da saúde mental e física dessas pessoas não apenas beneficia individualmente cada idoso, mas também enriquece nossa comunidade como um todo, fortalecendo os laços intergeracionais e valorizando a sabedoria e a experiência acumulada ao longo dos anos. É uma responsabilidade compartilhada que todos devemos abraçar”, finalizou.